Mais um conflito

Cheiro forte de maresia, e eu tentando compreender “ O
navegante”.
Uma idéia aparentemente absurda se transforma em uma grande aventura, onde os personagens aprendem a conviver em grupo respeitando as diferenças.
Diferenças? Mas não somos todos iguais?
Enfim...
A casa fede a cigarro também. O vício que não aprendi a controlar, mesmo sabendo que ainda há tempo. Sempre há tempo de sobra... para modificar qualquer coisa, para atuar em qualquer coisa, em qualquer aventura...

E o que eu quero modificar afinal?
Para ser sincera, gostaria de nascer outra vez.
Mais uma vez.
Não precisa ser em outro corpo, ou em outra família. Apenas eu mesma revivendo, recomeçando.
Teria outra infância... seria de outro jeito, teria outra forma de encarar as coisas.
Será?
E se os erros desta vida real tanto me incomodam, certamente outros erros afetariam o meu juízo e trariam novamente a culpa.

Então decido que não quero nascer de novo, não valeria a pena.
Só me tornaria mais uma pessoa errante no mundo, seguindo a ordem natural das coisas.

Tudo isso me faz crer que as coisas não vão bem. Para querer nascer de novo eu devo mesmo estar muito confusa e muito arrependida de ter feito algumas escolhas.
Mas, por um instante me conformo pensando que, toda e qualquer escolha é bem vinda desde que não se tenha a intenção de errar.
E desta intenção, estou livre. Mas, como todo mundo, estou sempre ignorando certos fatos e algumas verdades, porque isso ameniza a culpa.
E é isso que nos faz mergulhar em aventuras, amores proibidos.
A ignorância é mesmo uma benção?
Até que ponto uma vida cheia de aventuras se torna mais interessante?

Eu não sei.

Mais um conflito com cheiro de mar e gosto de nicotina.